Às vezes ouve-se, em quinta mão,
Como epitáfio:
Largou tudo
E pôs-se na alheta,
E a voz parecerá sempre
Certa de que aprovamos
Esta jogada audaciosa,
Purificadora, elementar.
E estão certos, creio.
Todos detestamos o nosso lar
E ter de lá estar:
Detesto o meu quarto,
A sua tralha escolhida a dedo,
Os livros bons, a boa cama,
E a minha vida, toda arrumadinha:
Então, ouvir dizer que
Ele deixou a malta toda
Deixa-me corado e agitado,
Tal como E depois ela abriu o vestido
Ou Toma lá, cabrão;
Certamente que eu posso, se ele também pôde?
E isso ajuda-me a permanecer
Sóbrio e trabalhador.
Mas iria já hoje,
Sim, gingar pelas estradas repletas de nozes,
Acocorar na proa
Hirsuto de bondade, se
Não fosse tão artificial,
Se não fosse um passo atrás tão deliberado
Para criar um objectivo:
Livros; louça; uma vida
Repreensivelmente perfeita.