COMO CITAR:
Andrade, Miguel. «Amadeu Baptista, Pelos Nossos Corações Passa a Linha de Fogo: Antologia de Poesia Islandesa». Forma de Vida, 2021. https://doi.org/10.51427/ptl.fdv.2021.0061 .
DOI:
https://doi.org/10.51427/ptl.fdv.2021.0061
Miguel Andrade
Nota: As consoantes islandesas ð/Ð e þ/Þ devem ler-se como o som das letras "th", respectivamente, nas palavras inglesas "that" (fricativa dental sonora) e "think" (fricativa dental surda).
É notável hoje, como o era na Idade Média, que uma ilha relativamente remota e escassamente povoada seja reconhecida internacionalmente pela vitalidade da sua poesia. A Islândia, de onde nos chega esta colectânea de poemas, pela mediação de Amadeu Baptista, possui uma ligação íntima e constante com a poesia, desde a sua colonização em c. 870 d.C.[1] O verso pertence ao quotidiano dos islandeses e a sua tradição poética é vasta e prolífera. Nos termos do historiador dinamarquês Saxo Grammaticus (1160-1220), «A diligência dos homens da Islândia não deve ser envolta em silêncio».[2] Pelos Nossos Corações passa a Linha de Fogo desvela-nos a poesia do mesmo povo, embora de diferente cronologia. Estes poemas foram originalmente publicados entre 1937 e 1991, pelas mãos de dezoito poetas (quatro dos quais mulheres). A selecção foca-se, em grande parte, num período de transição, da libertação da poesia islandesa dos seus moldes tradicionais, sacudindo-se da aderência estrita a poemas de estrutura regular, rimados e aliterados, e dos velhos e repetidos temas (uma poesia lírica, a dedicação à natureza e um ideário romântico, por vezes nacionalista e individualista). Nesta fatia do século XX, encontramos uma Islândia em mudança, abrindo-se ao mundo, e uma poesia acompanhando o seu passo, com os anos 40 como charneira desta articulação.
A estruturação da antologia, por autor, é relativamente cronológica, parecendo elencar os poetas pela época em que mais marcaram o panorama poético islandês e, ao início do livro, pela sua relação com a forma tradicional. Os poetas que abrem a antologia são mestres do verso tradicional: Snorri Hjartarson (1906-86), Jóhannes úr Kötlum (1899-1972) e Ólafur Jóhann Sigurðsson (1918-88). No entanto, a selecção não se reporta a um único momento poético das carreiras dos poetas representados, sendo-nos mostrados poemas seus do início ao fim da sua obra. Todos adoptaram ao longo do tempo facetas do modernismo, em graus diversos.
É este despertar para o modernismo que encontramos assim representado na primeira metade de Pelos Nossos Corações..., um terreno desbravado por Steinn Steinarr (1908-58) e Jón úr Vör (1917-2000), que alavancam de forma arrojada a infiltração do verso livre no panorama literário. Os únicos poemas do livro anteriores a 1940 são de Steinn Steinarr, considerado um dos mais importantes poetas da Islândia, vanguardista em forma e temas. Embora na sua obra mais antiga use uma forma próxima da tradicional, Steinn Steinarr experimenta largamente com estrofes livres e depuradas de formalidade. Inicialmente, o poeta ostenta uma perspectiva abertamente socialista, cantando com fulgor a opressão das camadas pobres («Prometeo» e «D. Quixote»). Nos anos 40, o seu foco desloca-se e os seus versos exibem uma alienação e incerteza existencial até então incomum na poesia islandesa, expressa em estrofes concisas e fortes. Veja-se: «O teu rosto é uma máscara translúcida/ que deixa ver o nada e o vazio» («Poema»). Jón úr Vör, pelo seu lado, é autor do primeiro poemário islandês completamente em verso livre, Þorpið (1946). Ambos estes autores serviram de modelo aos poetas que se seguem na antologia: quatro dos cinco membros nucleares dos «poetas atómicos» (junto com Jón Óskar, 1921-1998), nome pelo qual ficou conhecida a geração, nascida nos anos 20, que publicou prolificamente entre 1940 e 1955 — uma designação inicialmente pejorativa, adoptada a partir de um romance do Nobel islandês, Halldór Laxness (Atómstöðin, i.e. «A Estação Atómica», 1948). Devido à solidez com que a forma tradicional estava implantada na sociedade islandesa, esta nova expressão encontrou grande resistência aquando da sua publicação, o que não impediu a «Geração Atómica» de se consolidar como modelo para os poetas islandeses da segunda metade do século. Seguem-se, no livro, um conjunto de sete autores que publicaram proliferamente a partir dos anos 50 e 70, na senda modernista, conquanto com uma multiplicidade de vozes e estilos bastante variados. Encerrando o volume, encontramos Steinunn Sigurðardóttir (1950-), uma neorealista que se destacou nos anos 70, como parte deste movimento poético marcado pela reacção contra a linguagem concisa e o foco interior dos modernistas. Gyrðir Elíasson (1961-), cuja carreira poética arranca nos anos 80, é o poeta mais «recente» do livro, embora os dois últimos autores estejam apresentados por uma ordem não-intuitiva (primeiro Gyrðir e depois Steinunn),[3] tendo em conta a história literária islandesa e a restante organização da antologia.
Apesar da variedade de vozes que no livro encontramos, é possível identificar alguns motivos (quase) constantes. A Islândia encontra-se, a partir de 17 de Junho de 1944, liberta da subjugação política directa de qualquer entidade estrangeira pela primeira vez em quase setecentos anos. É o desfecho de um lento e paulatino processo, impulsionado pelo nacionalismo do séc. XIX e início do séc. XX, alcançado após a ocupação britânica e americana do país durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, vários dos poetas versam já sobre a sua preocupação com o futuro do país no pós-independência, variando os sentimentos expressados entre esperança e desalento (por exemplo, em «Chegada», de Steinn Steinarr, ou «Presságio», de Jóhannes úr Kötlum). A crítica social e o anti-militarismo surgem ao lado da introspecção poética modernista. A bomba atómica torna-se um novo símbolo recorrente da volatilidade das vidas humanas e da falta de agência face aos grandes decisores políticos globais («A vida é manejável como um isqueiro», de Hannes Sigfússon [1922-1997], ou «O Conselho», de Vilborg Dagbjartsdóttir [1930-]). A abertura e exploração do mundo pela poesia islandesa do século XX é também notória em alguns poemas de Jóhann Hjálmarsson (1939-2020), que narram uma experiência ensolarada, alienígena às regiões hiperbóreas («Uma tarde em Barcelona», «Praia Catalã» ou «Costas»); ou em versos de Hannes Pétursson (1931-), de inspiração em figuras históricas estrangeiras («Maria Antonieta»).
Uma relação marcada com a paisagem envolvente do país, tão sentida já nas sagas medievais, assinala também presença em grande parte da obra destes poetas, embora a forma e o valor que esta assume não sejam monolíticos. Não é um tema novo — foi amplamente explorado pelos poetas dos 100 anos antecedentes à cronologia desta colectânea (principalmente de inclinação romântica, e alguns realistas). A natureza foi alvo tanto de louvor como de crítica e, no espírito da época, a sua implacabilidade foi correlacionada com o carácter e destino do povo islandês, analisada tanto como um factor negativo — pelas dificuldades inerentes à sobrevivência na ilha — como positivo — forjando o homem islandês e os seus antepassados a um estatuto de excepcionalidade nórdica, concepção aliada ao nacionalismo e a uma interpretação enviesada das narrativas medievais, muito em voga nas primeiras décadas do séc. XX.
Nestes poemas, há imagens recorrentes da idiossincrática paisagem da Islândia, como os campos de lava seca cobertos de alto musgo e o movimento lento dos múltiplos glaciares da ilha. Para Snorri Hjartarson, esta região selvagem evoca descrições de beleza grandiosa e uma contemplação nostálgica, enquanto Stefán Hörður Grímsson (1919-2002) nos mostra uma Natureza pura e exaltante, e a integração harmónica do Homem nela, pleno de louvor pelos seus ritmos («De ti provenho, maravilhosa terra:/ como luz brilham os meus olhos nas tuas flores», em «Terreanalidade»). A implacabilidade natural, todavia, suscita reacções ambivalentes. Para certos poetas, onde a incerteza existencial é um tema presente, o confronto com o selvagem é menos pacífico: veja-se Jón úr Vör, que contrapõe sardonicamente os seus ritmos inamovíveis à insignificância dos esforços humanos («[…] e o baldio da aldeia ri-se de ti/ pois a montanha não está ainda nem meio erodida», em «Para que nasceste?»). Pelo seu lado, Steinunn Sigurðardóttir destoa do sentimento comum com um aparente desencanto relativamente a esta paisagem, destacando a sua dureza («[…] ainda tece a névoa mantos sobre a triste imagem/ desta terra/ que os homens e os animais se arrastam aterrorizados/ pelo gelo», em «Notícias deste Inverno»).
Geralmente, no entanto, encontramo-la exaltada e defendida face à crescente urbanização e destruição do ambiente virgem, outra perspectiva que marca poetas como Ólafur Jóhann Sigurðsson («Onde leva esse caminho/ que abris para as máquinas?/ Onde estão os ninhos do pântano?», em «Onde leva esse caminho») ou Matthías Jóhanneson (1930-) («já nem sequer crescem/ a cauda do cavalo/ e os miosótis/ entre as pedras enterradas,/ a sua vida está fechada/ com o selo da época: o negro asfalto», em «Nós»). O desprezo da sociedade moderna pela natureza é consequente de uma troca da pureza rústica, idealizada, pela vida urbana e pelas tecnologias, um movimento criticado ou ressentido pelos poetas. Matthías vê esta transição com pessimismo, conducente a uma metamorfose do humano em algo afastado do natural e das raízes: «nós, máquinas nuas,/ […] que deixamos/ de sentir o rumor do glaciar/ no sangue» («Nós»). Para Þorsteinn frá Hamri (1938-2018), o natural torna-se um lugar de reencontro com o passado e de reflexo do próprio. Gyrðir Elíasson expressa uma ansiedade neurótica em relação à tecnologia («[...] contenho-me com dificuldade/ para não me arrancar os cabelos o meu apartamento […]», em «Olho por olho de cristal»), que, no frenesim urbano pós-moderno, se contorce defronte do poeta em estranhas assombrações («O bolbo da minha lâmpada/ é habitado por gente que/ tem ventosas nos pés […]», em «Criaturas de Luz»).
No reverso da moeda surge o tratamento do urbano como sítio de exaltação da humanidade, preferido por Hannes Sigfússon, e como pano-de-fundo para a maioria dos poemas de Sigfús Daðason (1928-1996), dois poetas atómicos que, embora ocasionalmente pessimistas, não vêem com inalienável horror o universo citadino. Hannes canta o seu fascínio com o néon («Horizontes voláteis») e a fotografia («Sorriso na escuridão»), não deixando de contrastar o seu habitat de cimento com a harmonia do orgânico páramo («penso/ assombrado/ no meu mundo rectangular», em «Curvas e arcos naturais»).
Esta antologia é, afinal, uma selecção variada de poemas de grande qualidade, por alguns dos mais amados poetas da literatura modernista islandesa. O presente volume peca, todavia, por não mencionar a antologia espanhola na qual o tradutor se baseou para fazer as versões e as notas biográficas.[4] Embora não tenha propriedade para tal julgamento de forma aprofundada (pois o meu domínio da língua islandesa é ainda parco), um olhar ao texto original dos poemas parece, ainda assim, indicar-me que as traduções em espanhol são fiéis e bem conseguidas, mantendo o seu valor poético e peculiaridades de estilo — e.g., os versos de Steinn Steinarr pertencem claramente ao seu autor, detentor de uma expressão inconfundível. No geral, o mesmo resultado é transposto para o português. Nalguns poemas, é até possível captar algumas das idiossincrasias do verso tradicional islandês. Nota-se, por exemplo, uma aproximação à aliteração interlinear e à rima final do original, na tradução destes versos de Einar Bragi (1921-2005): «a tarambola do pálido prado/ do cinzento páramo/ […] O que causa essa pena tão funda/ oh cisne na onda?» («Canção de Outono na Primavera»); embora o efeito seja mais completo no espanhol, rimando «honda» com «onda». Deixando o sucesso estético ao apreço de cada um, estas opções permitem ao leitor (possivelmente incauto) apreender algo da diferença estilística entre o verso tradicional e o verso livre modernista, predominante no livro. Ainda assim, o leitor deve acautelar-se de o decalque da tradução espanhola para o português ter sido extremamente directo, parecendo, por vezes, guiar-se mais pelo princípio de manter a proximidade etimológica ao vocabulário espanhol, do que pelo cuidado com a manutenção do registo e do sentido original do poema.[5] Sendo certo que são apresentadas como versões de poesia, dificulta-se assim, por vezes, a transmissão do poema original.
No que ao presente trabalho tipográfico diz respeito, constata-se, no entanto, a necessidade de uma revisão mais cuidada. Encontra-se um número considerável de lapsos nos títulos dos livros: há erros/omissões demasiado frequentes,[6] principalmente na acentuação das preposições islandesas.[7] Tratando-se de uma tradução por via de outra, sem passar por um processo de emenda atenta, alguns destes lapsos são herdados da tradução inicial e, por vezes, da incompreensão desta. Na sua maioria são, está claro, lapsos absolutamente inócuos no que diz respeito à interpretação dos poemas, pelo que aponto os que encontrei apenas na esperança de que sejam úteis para uma eventual reedição. Da mesma forma, será necessário, também, rever as datas de óbito dos autores Stefán Hörður Grímsson e Þosteinn frá Hammri, falecidos largos anos antes da publicação do livro (ainda, Stefán Hörður nasceu num ano diferente do indicado), ao contrário de Jóhann Hjálmarsson, que faleceu em Novembro de 2020, mês de publicação da edição.
Para mais, não posso deixar de expressar o sentimento de que a colectânea mereceria uma brevíssima introdução que contextualizasse esta representação de um momento-chave na história da poesia islandesa, uma vez que se trata de um rompimento notável com uma tradição fortemente enraizada, dentro de um país com uma cultura literária fortíssima, mas largamente desconhecida em Portugal. Este papel é, em parte, cumprido pelas curtas linhas de apresentação a cada poeta, embora não consiga julgar suprida a necessidade de uns parágrafos dedicados ao geral (presentes na edição espanhola na qual Amadeu Baptista se baseou). Não obstante, os poemas valem por si e não necessitam de uma explicação para que o seu valor estético seja apreciado.
É de louvar o ensejo da edição aqui presente, trazendo aos leitores portugueses, pelo que julgo, ineditamente, poesia islandesa em papel. A poesia islandesa contemporânea é, no geral, pouco conhecida além-fronteiras, por ser relativamente pouco traduzida, o que torna mais notável ainda a existência desta edição. Lado a lado com a crescente edição de prosa islandesa por várias editoras nacionais, o leitor português tem ganhado passo a passo mais opções para explorar a valiosa produção literária desta Ultima Thule, cada vez menos um lugar desconhecido.
[1] Tanto a poesia éddica (lendária e mitológica) como a skáldica (laudatória, composta para as cortes escandinavas), registadas na Islândia medieval, constroem-se sobre estruturas métricas fixas, onde prima a aliteração como ferramenta organizadora do verso, como é idiossincrático da poesia germânica medieval. A rima surge na poesia islandesa no final da Idade Média, ganhando lugar com a ascensão dos rímur (longos poemas narrativos) como género poético mais popular até ao século dezanove. Pelo caminho, outros estilos foram aventurados, principalmente entre a elite letrada da população, tais como a composição de lírica pastoral de tradição clássica ou de poesia religiosa — o mais famoso exemplo serão provavelmente os Passíusálmar (1666) de Hallgrímur Pétursson (1614-1674), hinos sobre a Paixão de Cristo. No século XIX, a Islândia conheceu também uma fértil aderência ao romantismo — Jónas Hallgrímsson (1807-1845) é o grande poeta nacional do início da era —, muito centrada na exaltação nacionalista da paisagem, história e língua islandesas, em luta contra a sua dependência política e cultural da Dinamarca. Embora o movimento realista não se tenha enraizado solidamente na poesia islandesa, a Islândia passou por uma vaga neo-romântica (de influência simbolista), que começou o processo de libertação do verso das estruturas formais mais rígidas, com poetas como Jóhann Sigurjónsson (1880-1919) ou a poetisa Hulda (1881-1946). Para esta recensão, o meu conhecimento sobre história literária islandesa, principalmente focado no período medieval, foi complementado com leituras do livro A History of Icelandic Literature, ed. por Daisy Neijmann, University of Nebraska Press, 2007, principalmente o capítulo “Icelandic Poetry since 1940”, pp. 471-502, da autoria de Eysteinn Þorvaldsson.
[2] «The diligence of the men of Iceland must not be shrouded in silence». Gesta Danorum – The History of the Danes vol. 1, ed. por Karsten Friis-Jensen, trad. por Peter Fisher, Clarendon Press/Oxford, 2015, p. 7.
[3] Seguimos a norma islandesa de referenciar o primeiro nome do autor, e não o patronímico.
[4] “Islandia” in Poesía Nórdica, ed. Por Francisco J. Úriz, Ediciones de la Torre, 1995, pp. 836-1012. Nesta monumental antologia espanhola, os poemas islandeses foram seleccionados e introduzidos por Eysteinn Þorvaldsson, académico especialista em poesia modernista islandesa, enquanto a tradução é da autoria de José Antonio Fernández Romero, directamente do islandês. O presente volume inclui os mesmos poetas (embora troque a ordem dos dois últimos), mas uma selecção mais reduzida de poemas.
[5] Dá-se como exemplo o sentido deturpado em «minha fraqueza e, à vez, minha força» («Chegada», de Steinn Steinarr, p. 62), traduzido correctamente no espanhol «a la vez», do original islandês í senn = «ao mesmo tempo». São, também, utilizados vocábulos portugueses arcaicos e pouco óbvios, para palavras espanholas cognatas, mas de registo mais corrente nessa língua, tal como traduzindo «peñas» por «penas» (i.e., fragas/rochedos, p. 84).
[6] «Gott era d lofa» ao invés de «Gott er ad lifa», p. 76; «Jórviki» para «Jórvik», p. 157; «Jord ur[...]» para «Jörd úr[...]», p. 177; «Innlond» para «Innlönd», p. 212; «Undarlegt er ad spryrja mennina» para «spyrja», p. 224; «Bornin[...]» para «Börnin[...]», p. 226.
[7] Ver pp. 111-13, 153, 155, 207-10 e 269-70. Ver, também, «Cruxifixo [sic]» (p. 44), «pela mar» (p. 277), «deixamo-nos» em vez de «deixámo-nos» (p. 104, isl. láta no pretérito), «volta a acendê-la» para «volto a acendê-la» (p. 279, isl. kveikja na primeira pessoa), «à mulher» em vez de «a mulher» (p. 107, ll. 5 e 10, isl. kona + artigo definido no acusativo singular) e «António o de Granada» para «António de Granada» (p. 239, isl. sem artigo definido). É possível que alguns destes, os dois últimos, sejam considerados opções de tradução/versão e não lapsos.
REFERÊNCIA:
Baptista, Amadeu, org. Pelos Nossos Corações passa a Linha de Fogo – Antologia de Poesia Islandesa. Vila Meã: Editora Contracapa, 2020.