Tiago J. Silva
Tornou-se comum entre vários críticos enfatizar a singularidade do lugar de James Gray no cinema contemporâneo. A sua posição é a de quem tenta fazer justiça a certas coisas que se julga terem desaparecido ao mostrar que a persistência delas no tempo pode afinal ser asseverada. Entre essas coisas está uma certa ideia de como se deve fazer filmes e de como se deve filmar pessoas. The Lost City of Z, tendo por base o livro homónimo de David Grann, corrobora certas opiniões sobre a obra do realizador ao mesmo tempo que torna claros os termos da sobrevivência do tipo de cinema que Gray quer defender.