Pedro Sepúlveda é uma das cabeças do Projecto Estranhar Pessoa e, em rigor, o seu braço direito, ao qual devemos uma série de iniciativas públicas intituladas “Assuntos” — que, aos poucos, têm contribuído para clarificar o debate pessoano. O que se segue nasce de uma conversa entre mim e ele a propósito das minhas considerações anteriores sobre o conceito de “ortónimo”. Na sua opinião, não devemos perder de vista que o uso de “ortónimo” por Pessoa está, entre outras coisas, exclusivamente associado a uma obra. Antes de passarmos a outras coisas, será que podes começar por explicar esta ideia, Pedro?